domingo, 31 de março de 2013

Antropologia Filosófica (José Maria Arruda)


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA 

Para Kant, a pergunta “o que é o homem?” é uma das perguntas centrais da filosofia e os filósofos sempre procuraram respondê-la utilizando seu aparato conceitual apriori e universal. Tendo em vista os resultados recentes da antropologia empírica do século XX, sobretudo a etnografia do selvagem,  a Antropologia Filosófica deve  a) pôr em questão as principais dicotomias criadas no pensamento filosófico na abordagem da questão do homem tais como cultura/natureza, animal/humano, selvagem/civilizado, primitivo/desenvolvido; b) questionar os limites de uma noção filosófica de homem elaborada “at home” ou se os filósofos devem ser necessariamente viajantes; c) discutir a questão de se alguma fração da humanidade possui conceitos aplicáveis ao conjunto da humanidade, ou seja, a questão universal/particular, etnocentrismo e endoconsistência de alteridades; d) desconstruir as dicotomias que marcam o pensamento humanista ocidental tais como humano/não-humano, civilizado/selvagem, desenvolvido/não-desenvolvido, cultura/natureza, etc. Assim, ao invés de perguntar qual a antropologia dos filósofos, a tarefa da antropologia filosófica é explicitar qual a filosofia dos antropólogos.
 


BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ERIKSEN, TH. H., NIELSEN, F. S. História da Antropologia. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 2010.

LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2011.


BARRIO, Angio-B. Espina. Manual de Antropologia Cultural. Recife: Editora Massangana, 2005.

Filosofia Moderna II (Pedro Sussekind)


História da Filosofia Moderna II
2013.1
Professor: Pedro Süssekind

Ementa
O curso terá como tema central o conceito de esclarecimento (Aufklärung). Servirão como base para a abordagem do tema três textos a serem lidos e comentados no decorrer das aulas: o livro O espírito das luzes, de Todorov, o artigo “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?”, de Kant, e “O conceito de esclarecimento”, capítulo inicial da Dialética do Esclarecimento, de Adorno e Horkheimer.
            Para desenvolver o tema, o curso será dividido em duas etapas. Na primeira, o livro de Todorov orientará a discussão sobre o movimento iluminista, e o texto de Kant será a referência para definir o conceito de esclarecimento segundo a filosofia moderna. Na segunda etapa, a leitura de Adorno e Horkheimer apresentará uma redefinição contemporânea do conceito e uma crítica do projeto racionalista da tradição filosófica.

Bibliografia principal:
ADORNO, Theodor W. & HORKHEIMER, Max. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
KANT. “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?”, em Textos seletos. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.
TODOROV, Tzvetan. O Espírito das Luzes. São Paulo: Editora Barcarolla, 2008.

Bibliografia secubdária:
Duarte, Rodrigo. Teoria crítica da indústria cultural. Belho Horizonte: UFMG, 2007.
                       .  Adornos. Nove ensaios sobre o filósofo frankfurtiano: Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.
                       .  “O sublime estético e a tragédia do mundo administrado”, in: O cômico e o trágico. Rio de Janeiro: 7letras, 2008.
                       .  Adorno/Horkheimer & A Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
GAGNEBIN, J. M. “Do conceito de razão em Adorno”, em Sete aulas sobre linguagem, memória e história. Rio de Janeiro: Imago, 2005.
JAY, Martin. As ideias de Adorno. São Paulo: Cultrix, 1988.
NOBRE, Marcos. A teoria crítica. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

História da Filosofia (Antonio Serra)

HISTÓRIA DA FILOSOFIA
GFL 02004
Quintas – 9 às 11 horas

Pensamento brasileiro em perspectiva é o título que talvez possamos dar a este curso, resultante do incentivo de alguns alunos de Filosofia. O pensamento brasileiro abarca, nesse caso, não apenas a Filosofia em sentido estrito, mas outras modalidades de investigação e reflexão (e de provocação à reflexão) sobre problemas sociais, estéticos, morais, técnicos e científicos, assim como, especialmente, sobre as questões clássicas da identidade e do projeto nacionais.
A perspectiva com que abordaremos esses temas é dupla:
·        ao examinar como essa atividade reflexiva quis responder às exigências e peculiaridades de ‘nossa’ realidade particular e, ao mesmo tempo, buscou se sintonizar e dialogar com correntes de pensamento que já haviam alcançado certa representatividade internacional. (Só para ilustrar esta duplicidade de referências, basta citar a situação contraditória vivenciada no período imperial pelos adeptos das concepções liberais mais avançadas ao tentar aplicá-las a uma sociedade escravista);
·        ao enfatizar o vínculo histórico entre a vida intelectual e a experiência humana ao longo da formação e – por que não? – da invenção de nossa sociedade.
Dado o teor exploratório e panorâmico dessa proposta, seu andamento dependerá bastante do envolvimento dos alunos seja no levantamento de pensadores, obras, correntes e momentos históricos, seja principalmente na seleção e discussão dos tópicos pertinentes. (A. Serra: aserra@id.uff.br)

Epistemologia I (Antonio Serra)

EPISTEMOLOGIA  I
GFL 00039
Terças e quintas – 7 às 9 horas



Nosso propósito com esse curso é estimular a aproximação dos alunos de Filosofia com algumas teorias científicas e principalmente com os modos de pensar e fazer de seus autores. Concentraremos nossa atenção na chamada Revolução Científica, processo que se estendeu do século 16 até o 18 e durante o qual foram expostas e debatidas novas concepções sobre a estrutura do universo e do corpo humano, a natureza do movimento e a composição da matéria, enquanto eram lançadas as bases de novos métodos de investigação e também quando a atividade científica, além de conquistar independência em relação à religião e à filosofia, proclamou o bem estar humano como uma de suas principais finalidades. (A. Serra: aserra@id.uff.br)

sábado, 30 de março de 2013

Programas de 2013.1

O blog está atualizado com os programas divulgados para o período correspondente a 2013.1. Os documentos originais podem ser acessados através do link "Documentos" na coluna à direita.  Assim que a grade de horários final for divulgada ela será postada no blog.

Os programas divulgados até agora são:


Tópicos de Filosofia III (Patrick Pessoa)


Tópicos em Filosofia 3
Prof. Patrick Pessoa
Terças e quintas, das 9h às 11h

Ementa
            O curso se concentrará na discussão do último curso ministrado por Michel Foucault no Collège de France, em 1984, meses antes de sua morte precoce em virtude de complicações decorrentes da AIDS. Neste curso-testamento, intitulado A coragem da verdade, Foucault ocupa-se sobretudo em apresentar uma concepção da filosofia como modo de vida, segundo a qual a busca da verdade que sempre caracterizou os filósofos só é efetivamente legítima quando produz uma metamorfose ética no sujeito que a almeja. Tendo em vista que, para distinguir “conhecimento de si” e “cuidado de si”, Foucault recorre a uma análise de diversos diálogos de Platão, especialmente o Alcibíades e o Laques, mas também os diálogos que integram o “ciclo da morte de Sócrates”, a leitura do livro de Foucault será acompanhada pela leitura dos diálogos de Platão citados pelo filósofo.

Bibliografia básica:
. FOUCAULT, Michel. A coragem da verdade. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

Tópicos de Filosofia II (Paulo Faitanin)


Tópicos de Filosofia II (Paulo Faitanin)
1. Informações:
1.1. Departamento: Departamento de Filosofia (GFL)
1.2. Disciplina: Tópicos de Filosofia II (GFL00090 – 1.2013)
1.3. Professor: Dr. Paulo Faitanin
1.4. Horário: Terças e Quintas (9h – 11h)
1.4. Descrição: Tópicos de Filosofia II trata de temas relevantes da Filosofia Medieval.
Seguindo um dos muitos pontos que se pode trabalhar a partir do ementário, propor-se-á a
análise do conceito de ‘Metafísica’ como ‘filosofia primeira’ estabelecido por Aristóteles e
difundido na Escolástica, a partir da comparação da leitura, análise do texto aristotélico e do
comentário de Tomás de Aquino. Para tanto, far-se-á a leitura e análise do Livro I da Metafísica
de Aristóteles seguida paralelamente do comentário crítico de Tomás de Aquino, com o intuito
de buscar aproximações sem dificuldades, fidelidade e divergências da obra original e do seu
comentador e intérprete, aproximadamente 1500 anos depois da autoria original.
2. Programa:
2.1. Apresentação.
§ 1. A obra Metafísica de Aristóteles: época, influência e disputas.
§ 2. Marco: o comentário de Tomás de Aquino – o processo de resgate via Guilherme de
Moerbeke.
§ 3. Espaço: A Metafísica até a Escolástica e depois de Tomás de Aquino – uma
redescoberta.
2.2. Elementos da Metafísica: autor e comentador.
§ 1. Composição da obra de Aristóteles: convergências e divergências.
§ 2. A intenção da obra: o que é a Metafísica?
§ 3. O texto aristotélico da Edição de Bekker: como entender a metodologia e ler a obra?
§ 4. O comentário Tomasiano: por quê Tomás comentou a Metafísica?
§ 5. Livros: 12 ou 14 livros da Metafísica? A questão dos 2 últimos livros ‘teológicos’ da
Metafísica.
2.3. Leitura e análise.
§ 1. Metafísica, Livro I, Aristóteles: leitura, análise, temas e discussões.
§ 2. Comentário de Tomás do Livro I da Metafísica de Aristóteles: leitura, análise, temas,
discussões, aproximações e distanciamentos.
§ 3. Reflexões: aproximações sem obstáculos.
§ 4. Conclusão: O que é ‘Metafísica’ para Aristóteles e Tomás de Aquino?
3. Avaliação: O aluno será avaliado mediante duas provas discursivas. A nota final será a média
aritmética das notas obtidas em cada uma das provas.
4. Bibliografia:
4.1. Texto de Aristóteles em português:
ARISTÓTELES, Metafísica. Obras Completas. Tradução e notas Edson Bini. 2a. Edição. São Paulo: Edipro,
2012.
ARISTÓTELES, Metafísica. Vol II. Texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale.
4.2. Texto de Aristóteles em grego:
ARISTOTELIS OPERA, Metaphysica. Ex recensione I. Bekkeri. Berolini Apud W. de Gruyter et Sócios, 1960.
ARISTOTELIS, Metaphysica. Recognovit brevique adnotatione critica instruxit W. Jaeger. Oxonii :
Typographeo Clarendoniano, 1957.
4.3. Texto do Comentário de Tomás em Latim:
AQUINATIS, S. TH. In Duodecim Libros Metaphysicorum Aristotelis Expositio. Editio a M.R. Cathala, O.P.,
extrta retraactatur cura et studio P. Fr. R. Spiazzi, O.P., Taurini, 1950.
4.4. Texto do Comentário de Tomás em Português:
TOMÁS DE AQUINO, Sentenças sobre os Livros da Metafísica. Livro 1, Lição 1-13. Edição trilíngue do texto da
Metafísica de Aristóteles e edição bilíngue do Comentário de Tomás de Aquino ao Livro I da Metafísica de
Aristóteles. Edição, tradução e notas de Paulo Faitanin. Aquinate, 15-19 (2011-2012).
4.5. Texto do Comentário de Tomás em Inglês:
THOMAS AQUINAS, ST, Commentary on Aristotle’s Metaphysics. Translated and introduced by John P. Rown.
Notre Dame: Dumb Ox Books, 1961.

Problemas metafísicos IV (Carlos Tourinho)


Universidade Federal Fluminense – UFF                                                                                        
Instituto de Ciências Humanas e Filosofia – ICHF
Departamento de Filosofia – GFL
Disciplina: “Filosofia Geral: Problemas Metafísicos IV”
Professor: Carlos Diógenes C. Tourinho


1º Semestre de 2013 – Segunda-feira e Quarta-feira / 11:00 hrs às 13:00 hrs.

Descrição: pretende-se apresentar a crítica de Bergson ao projeto da psicofísica do século XIX de uma “espacialização do pensamento”. Serão apresentadas as teorias de Bergson acerca da duração e da memória. E por fim, será apresentada a hipótese bergsoniana da co-extensão da consciência à vida.

Programa: As transformações produzidas pela Revolução Científica do século XVII. O método experimental das ciências naturais. O processo de naturalização do “espírito”. A psicofísica do século XIX e o surgimento do projeto científico da Psicologia. O problema metafísico das relações entre o corpo e o espírito. A especificidade do “espírito” na filosofia de Henri Bergson: Consciência, Memória e Duração. A espacialização ilegítima da duração interior de nossa vida consciente. Sobre a relação entre o espírito e o corpo: dependência X solidariedade. A hipótese bergsoniana da co-extensão da consciência à vida.

Bibliografia:
Bergson, H. Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Lisboa: Edições 70, ([1887] 2008).
__________ Matéria e memória. Ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes, ([1896]1999).
_________ “A consciência e a vida”. In: Col. Os Pensadores, Bergson. São Paulo: Abril Cultural, ([1911]1979).
Boring, E. G. & Herrnstein, R. J. Textos Básicos de História da Psicologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1971.
Tourinho, C. D. C. “Memória, Duração e Consciência no pensamento de Henri Bergson”. In: Tourinho, C. D. C. & D’Angelo, M. Margens do Contemporâneo. Rio de Janeiro: Booklink/ EDUFF, 2008.                                     
_________ “Memória e voluntariedade: a consciência na filosofia de Henri Bergson”. In: Revista Portuguesa de Filosofia, Vol 67, fascículo 04 (2011), pp. 807-814.    

Problemas metafísicos III (Alexandre Costa)


Filosofia Geral: problemas metafísicos III

Prof. Alexandre Costa

Horário: Sexta-feira, das 9h às 13h


Ementa

            O curso promoverá um estudo monográfico, tendo a obra de Heráclito de Éfeso como seu objeto de análise. Pretende-se expor, desse modo, não apenas uma interpretação acurada e detida dos fragmentos que restaram de sua obra, mas também o contexto histórico-filosófico em que o seu pensamento desponta, abordando, igualmente, as delicadas condições de preservação da sua obra e da sua sobrevivência, o que torna obrigatório considerar como se realiza o processo atual de estabelecimento de textos perdidos em sua integridade. Num segundo momento do curso, a análise da obra heraclítica ocupar-se-á com um outro sentido da sua sobrevivência, eminentemente filosófico, abordando a presença e o impacto do pensamento de Heráclito ao longo da história da filosofia, seja (a) nos filósofos que lhe são imediatamente posteriores, como Empédocles e Demócrito, seja (b) nas obras já mediatamente posteriores, como nos casos de Platão e Aristóteles. como também (c) em importantes obras filosóficas da Modernidade e da Contemporaneidade, em que se destacam os legados de Hegel, Nietzsche e Heidegger.


Bibliografia básica:


HERÁCLITO. Heráclito: fragmentos contextualizados. Edição bilíngue. Apresentação, tradução e        comentários por Alexandre Costa. São Paulo, Odysseus, 2012.

___________. Logos heraclítico. Estudo e tradução de Damião BERGE. Rio de Janeiro, Instituto        Nacional do Livro, 1969.

___________. Fragmentos. In: Os pensadores originários. Edição bilíngue. Tradução de E.       Carneiro Leão. Petrópolis, Vozes, 1993.

___________. Fragmentos. In: Os pré-socráticos. Tradução de J. C. de Souza. São Paulo, Abril            cultural, 1989 (coleção Os pensadores).

Lógica II (Dirk Greimann)


Optativa: GFL00073 - LÓGICA II - O1

Professor:        Dirk Greimann
Horário:          segunda-feiras, 14-18 horas
Sala:

Objetivos: Conhecer os sistemas lógicos básicos contemporâneos, em particular, a lógica proposicional e a lógica de predicados de primeira ordem. Treinar as capacidades lógicas como, por exemplo, determinar a forma lógica de uma sentença ou provar um teorema. Tomar conhecimento dos problemas e questionamentos principais da filosofia da lógica.
Metodologia: Na primeira aula de cada semana, será exposto o assunto. Na segunda aula, os alunos farão exercícios de aprofundamento do assunto.
Avaliações: As avaliações serão realizadas por meio de provas escritas.
Programa:
UNIDADE 1. Lógica proposicional
            1. A linguagem da lógica proposicional
            2. Regras de inferência
            3. Conceitos semânticos e sintáticos da lógica proposicional
            4. Metateoremas da lógica proposicional
           
UNIDADE 2. Lógica de predicados de primeira ordem
            1. A linguagem da lógica de predicados de primeira ordem
            2. Regras de inferência
            3. Conceitos semânticos e sintáticos da lógica de predicados de primeira ordem
            4. Metateoremas

UNIDADE 3. Lógicas filosóficas e a Filosofia da lógica
            1. Lógica modal
            2. Lógica intuicionista
            3. Lógica deôntica
            4. O teorema de Gödel e suas conseqüências filosóficas

Cronograma:
            03/06/13 - 1ª avaliação parcial
            10/06/13 - 2ª chamada
            01/07/13 - 2ª avaliação parcial
            08/07/13 - 2ª chamada
            22/07/13 - verificação suplementar

Bibliografia:
G. Imaguire, C. Barroso, Lógica. Os Jogos da Razão, UFC, Fortaleza, 2006.
Ítala Maria Loffredo D’Ottaviano, Hércules de Araujo Feitosa, “Sobre a história da lógica, a lógica clássica e o surgimento das lógicas não-clássicas”, 2003, online-script, 34 páginas
A.W. Moore, “Filosofia da Lógica”, em: Nicholas Bunnin e E.P. Tsui-James (org.), Compêndio de Filosofia, São Paulo, Edições Loyola, 2002, Cap. 4.

Filosofia Medieval I (Paulo Faitanin)


História da Filosofia Medieval I (Paulo Faitanin)
1. Informações:
1.1. Departamento: Departamento de Filosofia (GFL)
1.2. Disciplina: História da Filosofia Medieval I (GFL00028 – 1.2013)
1.3. Professor: Dr. Paulo Faitanin
1.4. Horário: Terças e Quintas (7h – 9h)
1.4. Descrição: A disciplina História da Filosofia Medieval I analisará o desenvolvimento
sistemático teórico, espaço-temporal do Pensamento Medieval. Seu início, apogeu e declínio.
Períodos, expoentes, temas, debates, métodos, escolas, itinerários, influências e questões.
Leitura crítica de textos e análises dos pontos cruciais destes período.
2. Programa:
2.1. Apresentação.
§ 1. Definições: História da Filosofia Medieval – o que é?
§ 2. Marcos: início e fim da Filosofia medieval – mil anos de obscurantismo?
§ 3. Espaço: Ocidente e Oriente – o que de fato os unem e os separam na Filosofia
medieval?
2.2. Principais temas da Filosofia Medieval.
§ 1. Cosmologia: há uma ordem no universo? A questão da matéria primeira.
§ 2. Antropologia: o que é o homem? O tema da união de alma e corpo.
§ 3. Gnosiologia: é possível conhecer a realidade? O debate entre o realismo e o ceticismo.
§ 4. Lógica: há uma ordem no discurso mental? A recepção da lógica aristotélica e a
proposição de uma lógica terminista.
§ 5. Linguagem: é possível comunicar o que se conhece? O problema do sentido, significado
e referência e suas perspectivas de univocidade, equivocidade e analogicidade.
§ 6. Metafísica: qual é o segredo do ser? O problema do ser, da essência, da substância e
acidentes.
§ 7. Teologia Natural: é possível provar a existência de Deus? O debate entorno a existência
e a onipotência divina.
§ 8. Ética: o que é a virtude? O discurso moral como uma proposta de ética das virtudes.
§ 9. Estética: o que é o belo? As diversas manifestações do belo nos diferentes ofícios dos
artífices e intelectuais.
3. Avaliação: Duas avaliações sobre um dos temas do programa. A nota final será a média
aritmética das notas obtidas em cada uma das provas.
4. Bibliografia:
BOEHNER, P., GILSON, E. História da Filosofia Cristã. Petrópolis: Vozes, 1995.
DE LIBERA, A. A Filosofia Medieval. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
_____. A Filosofia Medieval. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
GILSON, E. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
_____. O Espírito da Filosofia Medieval. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
KENNY, A. Filosofia Medieval. São Paulo: Edições Loyola, 2008.
MCCRADE, A. S. (org.) Filosofia Medieval. Aparecida: Idéias & letras, 2008.
SARANYANA, J. A Filosofia Medieval. São Paulo: IBFCRL, 2006.

Filosofia e Psicanálise (Fernando Ribeiro)


Filosofia e psicanálise – plano de curso
Fernando Ribeiro
Este curso será uma apresentação, em debate com a filosofia, dos temas mais gerais da metapsicologia freudiana, como inconsciente e pulsão, privilegiando sua interpretação pelo viés das categorias de imaginário, simbólico e real, introduzidas por Jacques Lacan. Buscaremos discutir também as implicações políticas da psicanálise, a partir do comentário do Mal-estar na civilização de Freud e da articulação freudo-marxista de Zizek, que assume Hegel como uma espécie de “mediador evanescente”.

1 – A pulsão sexual como “desnaturada “
2 – Retorno à metapsicologia
3 – Dialética freudiana
3.1 – O poder formador da imagem
3.2  - Agressividade e pulsão de morte
3.3 – A ação da morte no significante
 4 – O grafo do desejo, uma leitura política
5 –Zizek e a subversão do sujeito no idealismo alemão.
5.1 Por que Marx inventou o sintoma?

Bibliografia Sumária :
Rabaté, J. – Cambridge Companion of LACAN
Zizek, S. – Subversions du sujet Presses Universitaires de Rennes 1999
                  O mais sublime dos histéricos Hegel e a psicanálise Rio de Janeiro, Zahar 1991.
                   O mapa da ideologia
                  O sublime objeto da ideologia
                  Como ler Lacan Rio de Janeiro, Zahar, 2010
Boothby, R. Death and drive New York, Routledge 1991
                      Freud as a philosopher New York, Routledge 2001
                       Sex on divan New York, Routledge 2005
Freud , S.  Três ensaios sobre a sexualidade – obras completas
                   Mal estar na civilização – tradução Paulo César Souza.
Lacan - Escritos

Filosofia Antiga III (Fernando Muniz)


FILOSOFIA 2013/1
Fernando Muniz  
I. Disciplina: GFL00046 HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA III
 [EMENTA: A filosofia aristotélica: estudo de problemas e de textos.]
II. Horário: Terça-feira (09h – 11h) e quinta-feira (09h – 11h)
III. Local:
IV.  Resumo: Leitura da Ética de Aristóteles.   Introdução ao estudo do mais importante tratado da ética grega antiga: A Ética a Nicômaco de Aristóteles.
V.  Programa:
a.     Introdução geral à ética: questões gregas e contemporâneas
b.     A ética antes de Aristóteles: a ética socrático-platônica
c.      Aristóteles e a ética
d.     O bem
e.      As virtudes
f.       A responsabilidade
g.     O prazer (2)
h.     A felicidade
i.       A ética depois de Aristóteles: estoicos, cínicos e epicuristas.
VI. Cronograma:
Abril: 23: (apresentação do programa); 25, 30: (a);
Maio: 02, 07: (b); 09: (Ética a Nicômaco: I (c))
14, 16,  21, 23, 28, (30) (Ética a Nicômaco:  I,II,III,IV (d,e,f))
Junho:  04, 06, 11, 13,18, 20: 25, 27 ( Ética a Nicômaco:  V,VI,VII, VIII (e,f,g))
Julho: 02, 04, 09,11, 16, 18, 23: 25, 30 (Ética a Nicômaco: IX,X (g2,h,i)
Agosto: 01, 06, 08, 13, 15
 VII. Bibliografia Básica:
Aristóteles: Ética a Nicômaco (trad. Vallandro, L. e Bornheim, G. ) RJ: Col.Pensadores,1989.  
Aristote. L´Étique à Nicomaque ( Traductions e Études par Gauthier, R.  et Jolif, -Y ). Éd.  Peeters, 2002 (4 vol).
Irwin, T. Plato’s Ethics. Oxford: The University Press 1995.
Kraut, R.  Aristóteles - A Ética a Nicômaco. Editora: ARTMED, 2009.
Barnes, J. (Ed). Aristóteles. Ed. Idéias e Letras, 2009.
Aubenque, P. A Prudência em Aristóteles. Ed. Paulus, 2008.
Nussbaum, M. A Fragilidade da Bondade. Ed. Martins Fontes, 2009.,
Prior, W. Virtue and Knowledge. Ed. Routledge, 1991.
Annas, J. The Morality of Happiness. Oxford, 1993.
VIII. Avaliação: Prova Escrita (25/27 de junho) e Seminário (25-27 de julho).

Epistemologia IV (Carlos Tourinho)


Universidade Federal Fluminense – UFF                                                                                        
Instituto de Ciências Humanas e Filosofia – ICHF
Departamento de Filosofia – GFL
Disciplina: “Epistemologia IV”
Professor: Carlos Diógenes C. Tourinho


1º Semestre de 2013 – Segunda-feira e Quarta-feira / 09:00 hrs às 11:00 hrs.

Descrição: o curso tem como objetivo esclarecer o problema fenomenológico da relação entre a consciência e o mundo. Ao abordar o referido problema, o curso pretende apresentar a especificidade da atitude fenomenológica, bem como da estratégia metodológica adotada pela fenomenologia de Husserl para revelar o mundo na sua totalidade como “fenômeno”.
Programa: O contexto de surgimento da fenomenologia e o projeto filosófico de Edmund Husserl. A “tese do mundo” e o realismo ingênuo na atitude natural. O mundo revelado como realidade de fatos, a objetividade transcendente e os limites da percepção empírica. A estratégia metodológica de Husserl para o alcance de “evidenciações apodíticas”: o exercício da epoché em relação à posição de existência das coisas. A redução fenomenológica como método de evidenciação dos fenômenos. A autêntica objetividade imanente e a abertura do campo fenomenal. O lema do “retorno às coisas mesmas”: elucidar, determinar e distinguir a coisa em sua doação originária.
Bibliografia:                                                                                                               Fragata Sj, J. Problemas da Fenomenologia de Husserl. Braga: Livraria Cruz, 1960.  Husserl, E. Investigações Lógicas. Progômenos à Lógica Pura. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2005.                                                                             _________ A Idéia da Fenomenologia. Lisboa: Edições 70, 2000.                              _________ Idéias para uma fenomenologiaaa pura e para uma filosofia fenomenológica. Aparecida-SP: Idéias & Letras, 2002.                                                  Tourinho, C. D. C. “A fenomenologia transcendental de Husserl: notas sobre a história do pensamento fenomenológico”. In: Tourinho, C. D. C. & Bicudo, M. A. Fenomenologia: influxos e dissidências. Rio de Janeiro: Booklink Publicações, 2011.

Prática de Pesquisa em Filosofia III (Fernando Muniz)


FILOSOFIA 2013/1
PRÁTICA DE PESQUISA EM FILOSOFIA III
Fernando Muniz  
I. Disciplina: GFL00042 - PRÁTICA DE PESQUISA EM FILOSOFIA III
[EMENTA: A relação entre pesquisa e ensino na prática docente. Métodos e técnicas de apresentação e defesa de trabalhos monográficos de caráter filosófico. Orientações metodológicas para produção e apresentação de trabalhos filosóficos. Diretrizes para a realização de um seminário e de clubes de filosofia.]
II. Horário: Terça-feira (11h – 13h) e quinta-feira (11h – 13h)
III. Local:
IV.  Resumo: A relação entre pesquisa e ensino na prática docente
V.  Programa: Métodos e técnicas de apresentação e defesa de trabalhos monográficos de caráter filosófico.
Orientações metodológicas para produção e apresentação de trabalhos filosóficos. Diretrizes para a realização de um seminário e de clubes de filosofia.

VI. Avaliação: Trabalhos acadêmicos.

Filosofia da Linguagem I (Dirk Greimann)


GFL00036 - FILOSOFIA DA LINGUAGEM I - F2 - Niterói

Professor:       Dirk Greimann
Horário:           segunda-feiras, 9–13 h
Sala:                          

Objeto: A Filosofia da Linguagem ocupa-se com os fundamentos da Linguística. A sua tarefa consiste basicamente em explicitar satisfatoriamente os conceitos principais da Linguística tais como “linguagem”, “significado linguístico”, “referência”, “verdade”, “tradução”, “sinonímia”, “analiticidade”, “metáfora”, “atos de fala”, “comunicação”.   
Objetivos: Conhecer os principais problemas e teorias da Filosofia da Linguagem contemporânea; desenvolver habilidades e competências que são típicas do ofício de professor e pesquisador de filosofia.
Metodologia: Na primeira metade de cada aula, será exposto o assunto. Na segunda metade, os alunos farão exercícios de aprofundamento do assunto. Os exercícios visam a desenvolver habilidades e competências que são típicas do ofício de professor e pesquisador de filosofia como, por exemplo, a capacidade de explicitar um problema filosófico ou uma tese ou um argumento filosófico, a capacidade de analisar, interpretar e comentar textos filosóficos e a capacidade de participar de um debate filosófico. 

Avaliações: As avaliações serão realizadas por meio de provas escritas.

Programa:
UNIDADE 1. O que é a Filosofia da Linguagem?
            1. Lingüística Empírica e Filosofia da Linguagem
            2. Filosofia da Linguagem Natural e Filosofia da Linguagem Ideal
            3. As áreas da Filosofia da Linguagem
            4. Os principais problemas da Filosofia da Linguagem
            5. Filosofia da Linguagem e Filosofia Analítica

UNIDADE 2. A semântica de Gottlob Frege
            1. Sentido e referencia
            2. Conceitos como funções
            3. Força assertórica
            4. Contextos intensionais

UNIDADE 3. A teoria das descrições definidas de Bertrand Russell
            1. Símbolos incompletos
            2. Expressões denotativas
            3. Aplicações da teoria


UNIDADE 4. A teoria da verdade de Tarski
            1. A concepção semântica da verdade
            2. O paradoxo da verdade
            3. A definição da verdade

UNIDADE 5. A crítica à semântica de Quine
            1. A base empírica da lingüística
            2. Significado de estimulo
            3. A tese da indeterminação de tradução

UNIDADE 6. Significado como uso: O segundo Wittgenstein
            1. A crítica da concepção da linguagem de Agostinho
            2. Significação, uso e jogos de linguagem
            3. Análise filosófica e semelhança de família


Cronograma:

            27/05/13 - 1ª avaliação parcial
            03/06/13 - 2ª chamada
            01/07/13 - 2ª avaliação parcial
            08/07/13 - 2ª chamada
            22/07/13 - verificação suplementar


Bibliografia


1.) Exposições panorâmicas da Filosofia da Linguagem:

M. Davies, “Filosofia da Linguagem”, em: Nicholas Bunnin e E.P. Tsui-James (org.), Compêndio de Filosofia, São Paulo, Edições Loyola, 2002, capítulo 3.
Carlo Penco: Introdução à Filosofia da Linguagem, Petrópolis: Editora Vozes,2006

2.) Textos clássicos da Filosofia da Linguagem:

G. Frege, “Sobre sentido e referência”, em: G. Frege, Lógica e Filosofia da Linguagem, São Paulo: Editora Cultrix, 1978.
G. Frege, “O pensamento”, em: G. Frege, Investigações Lógicas, Edipucrs, Porto Alegre, 2002.
G. Frege, “Função e conceito”, em: G. Frege, Lógica e Filosofia da Linguagem, São Paulo: Editora Cultrix, 1978.
W.V.O. Quine, “Two Dogmas of Empiricism” em: W.V.O. Quine, From a Logical Point of View, New York: Harper Torchbooks, 1953, pp. 20-46. 
W.V.O. Quine, Palavra e Objeto, Editora Vozes, Petrópolis, 2010.
B. Russell, “Da denotação”, em: Os pensadores, São Paulo, Victor Civita, 1975, Vol. 42.
A. Tarski, O conceito de verdade nas linguagens Formalizadas, em: A. Tarski, A concepção semântica da verdade, org. por C. Mortari e L.H. Dutra, São Paulo, UNESP, 2006.
L. Wittgenstein, Investigações Filosóficas, Vozes, Petrópolis: Vozes, 1998

Estética I (Patrick Pessoa)


Estética 1
Prof. Patrick Pessoa
Terças e quintas, das 11h às 13h

Ementa
            A proposta do curso é discutir o nascimento da Estética na Grécia. Ainda que a Estética só tenha se tornado uma disciplina filosófica autônoma no século XVIII, é inegável que em Platão e Aristóteles encontram-se as primeiras formulações das questões fundamentais dessa disciplina. Por isso, após a leitura de fragmentos da República e do Íon, de Platão, o curso se ocupará eminentemente com o estudo detalhado da Poética de Aristóteles.

Bibliografia básica:
ARISTÓTELES. Poética. Trad. Eudoro de Souza. São Paulo: Ars Poetica, 1992.

Teoria do Conhecimento I (Fernando Ribeiro)


Teoria do Conhecimento 1 – Plano de curso
Fernando Ribeiro
Este curso se realizará em duas partes. Na primeira, discutiremos temas gerais relativos à problemática do conhecimento na história da filosofia, destacando linhas gerais de abordagem, como o realismo, o positivismo e o matematismo. A segunda parte será dedicada ao estudo da obra epistemológica de Gaston Bachelard.
1 – A distinção entre conhecimento científico e filosófico em Aristóteles
2 – Exigência de certeza e advento do Cogito em Descartes
3 – Empirismo e filosofia transcendental: a controvérisa Kant/Hume
4 – Bachelard e a crítica da razão imobilista
4.1 Negação do realismo, do positivismo e do espiritualismo
4.2 Epistemologia e arqueologia

Bachelard, Gaston – Epistemologia – Zahar, Rio de Janeiro, 1983.
 _______________ A formação do espírito científico
________________A filosofia do não – Os pensadores Abril
Blanché, Robert – La notion du fait psychique PUF, Paris 1938
_____________La science physique ET La realité – PUF, Paris, 1947.
_____________  L´induction scientifique ET les lois natureles – PUF, Paris, 1967.
______________ A axiomática – Ed Presença, Lisboa, 1978.
Bouveresse, Renée – Karl Popper – Paris, Vrin, 1978.
Chalmers, Alan – O que é ciência, afinal? – Brasiliense, São Paulo, 2000.
Kolakowsky, Leszek – La philosophie positiviste Denöel, Paris, 1976.
Koyré, Alexandre – Considerações sobre Descartes Editorial Presença, Lisboa, 1981.
_______________ Do mundo fechado ao universo infinito – Gradiva, Lisboa 1980.
_______________Estudos de história do pensamento filosófico (e científico) – Forense
Lecourt, Dominique L´epistemologie historique de Gaston Bachelard - Vrin, Paris 2012.
Machado, Roberto – Arqueologie et epistemologie – atas do colóquio Foucault.

Ética I (Celso Azar)


Universidade Federal Fluminense – Departamento de Filosofia
Disciplina: Ética I (GFL00033)
Período: 2013/1º         Horário: 3ª e 5ª - 11h/13h
Professor: Celso Martins Azar Filho (cazarf@gmail.com)


O curso se propõe a estudar a história de duas noções éticas fundamentais contextualizando-as a partir de duas obras decisivas:
1. O conceito de felicidade no primeiro e no décimo livro da Ética a Nicômaco de Aristóteles;
2. O conceito de dever na Fundamentação da Metafísica dos Costumes de Kant.
        

Bibliografia:

ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Brasília: Editora UNB, 2001.
KANT, I. Os Pensadores, vol. 2: Textos Selecionados. São Paulo: Abril, 1984.