terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Prática de Pesquisa em Filosofia I (Fernando Muniz) - 2012.1


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FILOSOFIA 2012/1
PRÁTICA DE PESQUISA EM FILOSOFIA I
Fernando Muniz
  
I. Disciplina: GLF 00040 – Prática de Pesquisa em Filosofia I
II. Horário: Terça-feira (9h – 11h) e Sexta-feira (9h – 11h)
III. Local:
IV.  Resumo: O curso busca: (i) orientar e integrar o aluno ao curso de filosofia do ponto de vista acadêmico e institucional; (ii) orientar e introduzir o aluno aos métodos de estudo e da pesquisa em filosofia.
V. Plano do curso:

(a)  A natureza do texto e a natureza do texto filosófico. Texto: Umberto Eco, “Seis passos no bosque da ficção”. O narrador ou o autor empírico. A função do leitor no processo de produção de sentido. O explícito e o implícito de um texto. Leitura complementar: Granger, pp.9-28
(b)  O texto filosófico e sua especificidade. Filosofia, Ciência, Arte, Religião e outros gêneros de discurso.
(c)   O processo de leitura rigorosa. Cossutta, F., “A Cena Filosófica” (cap. I). Dificuldades de leitura de um texto de filosofia. Leitura complementar: Benveniste, E. “O aparelho formal de enunciação em Elementos de Lingüística Geral”.
(d)  Técnica de leitura sistemática; função dos aspectos paratextuais (título, bibliografia, prefácio, resumo, notas etc.); leitura metódica: os termos técnicos, as idéias centrais de cada parágrafo etc.
(e)  Biblioteca. Visitas guiadas, aspectos técnicos e práticos (catalogação, serviços oferecidos pela biblioteca) apresentados pelos bibliotecários.
·         O uso do dicionário, glossários, vocabulários: os vários dicionários. O dicionário de Filosofia. O verbete. O termo técnico. A história do termo.
·        Instrumental online. Perigos do uso.  Wikipédia: limites da enciclopédia coletiva. Enciclopédia de Stanford. (Exemplo), Google scholar, Youtube, Sites especializados.
·        As barreiras das línguas: a necessidade do domínio de outras línguas. Os perigos da tradução: exemplo de traduções inadequadas. O sonho da tradução perfeita (Pesquisa bibliográfica).
·        Artigo (os mais importantes jornais de filosofia). Consulta via Internet. O que é o sistema Qualis? Peer review.Corpo Editorial e pareceristas ad hoc. Como um texto ganha prestígio? Política de divulgação filosófica. O currículo Lattes. As agências de fomento à pesquisa (CNPq, CAPES, FAPERJ etc).
·        Ética do trabalho acadêmico: plágio, cópia, influência, apropriação. Desonestidade intelectual. A importância das citações e referências bibliográficas.

(f)    O Conceito Filosófico. Verbete de dicionário de filosofia (Ferrater Mora, Lalande ou Abbagnano).
·     Problematização. O que é um conceito? O que é um conceito filosófico? O universal e o particular. O inteligível e o sensível.
               Granger e a natureza do conceito filosófico (pp. 187-212).
              1: G. Deleuze e o Conceito
              2: F. Cossuta e o Conceito (pp. 39-58)
(g)  Seminário. A produção do seminário. A organização interna para a leitura coletiva. A divisão da apresentação.
·        Estruturação do seminário: leitura coletiva. Reorganização do conteúdo. Divisão das etapas da apresentação.
·        Ordem lógica da exposição. Introdução: apresentação resumida do tópico e seu desenvolvimento. Desenvolvimento: desdobramento do tema. Conclusão: retomada da introdução.
·        O tempo de duração: Ensaio e preparação.
·        O plano do seminário: o texto esquemático; itens do desenvolvimento; textos de leitura; bibliografia.
VI. Avaliação: Série de trabalhos individuais e coletivos..
VII. Bibliografia básica:

Folscheid e Wunenburger. Metodologia Filosófica. SP: Martins
       Fontes, 2000.
Lalande, A. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. SP: Martins                                     
          Fontes: São Paulo, 1999.
Abbagnano, Nicola. Dicionário de Filosofia. SP: Martins. Fontes, 2003.
Cossutta, F. Elementos para a Leitura de Textos Filosóficos. SP: Martins.
          Fontes, 2001.
Benveniste, E. Elementos de Lingüística Geral, I e II. Campinas: Ed.
          Pontes, 1988.
Granger, G-G. Por um Conhecimento Filosófico. SP: Papirus, 1989.
Martinich, A. O ensaio filosófico. SP: Ed. Loyola,
Eco, U. Lector in Fabula. SP: Perspectiva, 2004.
       _____. Seis Passeios no Bosque da Ficção. RJ: Companhia das Letras,
           2004.
Ducrot, O. O dizer e o Dito. SP: Pontes, 1987.
Havelock, E. Prefácio a Platão. SP: Papirus, 1996.
Heidegger, M. O que é isto – a Filosofia? Col. Pensadores. Ed. Abril.
Granger, G-G. Filosofia do estilo. São Paulo, EDUSP/ Perspectiva, 1974.
Ryle, Gilbert. Dilemas. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Deleuze, Gilles e Guattari, Félix. O que é a Filosofia? Rio de Janeiro:
            Ed.34, 1992.
Haight, M. A serpente e a raposa – uma introdução à lógica. SP: Loyola, 2003.
      Perelman, C. e Olbrechts-Tyteca, L. Tratado da Argumentação. SP: Martins
         Fontes, 1996.
       Franco, Y. e Marcondes, D. A Filosofia: O que é: Para que serve: RJ: J. Zahar, 2011.

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